Pensamentos, Reflexões, Críticas e Desabafos... Só Coisa de Macho!!!

01 novembro 2005

Judas Priest(Novo CD)


AOL -19:27 - 06/05/2005


Webbanger no. 06: a revolução do Judas PriestNovo álbum de Rob Halford e companhia é uma verdadeira aula de como se faz um bom heavy metalPor Thiago Cardim*Com certeza, não foi à toa que o Judas Priest escolheu "Revolution" como a música de trabalho para "Angel of Retribution", seu novo disco. Olha só o refrão: "Here Comes The Revolution / Time for Retribution" (Aí Vem a Revolução / É Tempo de Retribuição). Há alguma revolução maior para o metal do que o retorno da formação clássica de uma das mais importantes bandas do gênero ainda em atividade? Há retribuição maior para o carinho e dedicação dos fãs do que um disco como "Angel of Retribution"? Com certeza não.



Tudo bem, a gente gostava do Tim "Ripper" Owens. Mas quando o boato do retorno de Rob Halford aos vocais do Judas tornou-se realidade, headbangers de todo o planeta comemoraram. Além de carismático e muito bem-humorado (qualidades que o tornaram um frontman apaixonante), Halford tem uma das vozes mais versáteis do metal, alcançando tons inimagináveis para outros mortais. E, compondo novamente ao lado dos guitarristas Glenn Tipton e K.K.Downing, ele prova que não envelheceu, entregando de bandeja um disco perfeito, do início ao fim.

Estão lá os refrões maravilhosos de faixas como "Demonizer", "Hellrider" e, é claro, da auto-explicativa "Judas Rising" (A Ascenção de Judas). Está lá a contagiante balada metálica "Angel". Estão lá as letras sobre "gods of metal", "blades of the wheel", "hearts of steel". E para fechar o disco, que tal um épico de quase 14 minutos chamado "Lochness", sobre o misterioso e lendário monstro daquele lago escocês? Nada mais metal. Nada mais Judas Priest.O produtor Roy Z, sempre competente, soube dosar muito bem a sonoridade clássica da banda com uma modernidade que não os deixa parecerem velhotes parados no tempo. E recorrendo novamente à letra de "Revolution": "Get Ready For The Evolution" (Prepare-se para a Evolução).

Ao lado de bandas da Terra da Rainha como o Iron Maiden e o Saxon, o Judas Priest ajudou a escrever a história do que deve ser o metal tradicional durante a chamada "New Wave of British Heavy Metal" (Nova Onda do Metal Britânico), resposta imediata à sonoridade disco que começava a tomar conta do rock na década de 70. Com "Angel of Retribution", o quinteto deixa os fãs mais antigos alucinados e reescreve todas as regras para que a nova geração de headbangers entenda como é que se faz essa coisa toda de heavy metal, afinal de contas. Como diriam os caras do Massacration, um ode ao verdadeiro metal. O Deus Metal deve estar muito feliz.

Jean Luc Ponty(só para os fodões)





Jean-Luc Ponty (n.1942) > violino
Jean-Luc Ponty ocupa, sozinho, boa parte da cena violinística do jazz. Ponty nasceu em 1942 em uma família musical (seu pai era professor de violino e sua mãe professora de piano) e teve formação clássica, tocando na orquestra Concerts Lamoreux por três anos. Ao ter contato com o jazz moderno, experimentou por um breve período o clarinete e o sax tenor, mas logo se decidiu a explorar esse território com o violino. No início dos anos 60, Ponty se lançou como músico de jazz, chamando a atenção da crítica por conseguir tocar o violino com a fraseado lexível e a energia de um saxofone. Em 1966 participou do famoso disco Violin Summit, e em 1967 foi convidado por John Lewis para tocar no Monterey Jazz Festival. Em 1969 começou uma colaboração com Frank Zappa, e também tocou com George Duke. Depois, entrou para a Mahavishnu Orchestra de John McLaughlin, onde tocaria até 1975, ano em que assinou um contrato solo com a Atlantic.
Seus discos Aurora, de 1975, e Imaginary Voyage, de 1976, estabeleceram firmemente sua reputação como virtuose do jazz-rock. Nas décadas seguintes, Ponty alcançou uma notoriedade comparável à de um astro pop. Foi um dos primeiros músicos de jazz a gravar um videoclipe. Os títulos de seus discos são escolhidos a dedo para seduzir certo tipo de público, freqüentemente fazendo referência a uma temática futurista ou mística (Aurora, Imaginary Voyage, Enigmatic Ocean, Cosmic Messenger, Mystical Adventures, No Absolute Time, Le Voyage, Life Enigma...). Nos anos 90, começou a experimentar com a fusão entre o jazz rock e o afro-pop. Em 1995, formou um trio all-star com o contrabaixista Stanley Clarke e o guitarrista/violonista Al Di Meola, denominado The Rite of Strings, com o qual alcançou grande sucesso. Embora ocasionalmente Ponty enverede por uma música de caráter um tanto comercial, é inegável que se trata, dentro do estilo fusion, de um dos músicos mais talentosos e bem preparados, capaz de construir um discurso pessoal, rico e elaborado.
(V.A. Bezerra, 2001)

obs: Eu e Anand somos muito burros mesmo. Há mais de 2 anos atrás ele me recomendou escutar Mahavishnu Orchestra e eu nem dei bola. Alguns meses depois eu recomendei para ele o Jean Luc Ponty, e ele como um bom amigo que é, aceitou a recomendação e adorou! O detalhe é que nem eu nem ele sabíamos que Jean Luc Ponty havia participado do Mahavishnu Orchestra o que justifica eu ter entitulado o Anand e eu de burros.